Nossa história

Já nos primeiros dias da chegada da pandemia no Brasil, conhecendo a dimensão da desigualdade social na nossa cidade e quem mais iria ser impactado com a situação de emergência sanitária, nos reunimos para buscar doadores e doadoras que contribuíssem com a transferência direta de renda para mulheres em situação de vulnerabilidade, de maneira ágil e sem burocracia.

Lançamos a ideia do projeto com 20 mulheres chefes de família de regiões precarizadas da cidade a serem apoiadas de abril a julho/2020, com uma renda de R$ 180 por mês. Com a chegada rápida e crescente de doações em dinheiro, chegamos a atender até 210 famílias mensais e fomos capazes de estender o período de transferência de renda de abril a dezembro/2020.

Com o agravamento da segunda onda da pandemia e da desigualdade de acesso a recursos para sobrevivência, entendemos que era necessário continuarmos. Começamos o segundo ano do projeto com 50 famílias apoiadas mensalmente e fechamos o ano de 2021 com 250 mulheres chefes de família, em 23 territórios diferentes, recebendo R$ 180,00 por mês, número maior que o alcançado no ano anterior.

Junto com o repasse mensal, realizamos nestes meses outras atividades que podem ser melhor conhecidas nos nossos relatórios anuais, como lançamento de um edital para grupos produtivos de mulheres, apoio psicológico para referências comunitárias, doação de mais de 2 toneladas de alimentos e outros itens diversos, garantia de EPIs para nossos agentes territoriais e mulheres beneficiárias, rodas de conversa, articulação com outros projetos na cidade, etc.

Realizamos isso tudo com o apoio de doadores, parcerias com empresas, instituições públicas e privadas, artistas, organizações comunitárias, universidades, que, em meio a tantos problemas, apostaram na Ser Ponte.

Também no final de 2021, demos um passo a mais nesta caminhada coletiva de solidariedade: nos tornamos uma associação civil sem fins lucrativos. E seguimos, em 2022, reinventando caminhos para que cada vez menos pessoas sofram com a fome e demais violações de direitos em Fortaleza.